A conta de luz é uma das despesas que mais pesam no orçamento dos brasileiros, especialmente em tempos de crise hídrica e bandeira tarifária vermelha. Mas será que existe alguma forma de reduzir esse gasto e ter uma energia mais barata? Neste artigo, vamos esclarecer algumas dúvidas
O Brasil tem a quinta energia elétrica mais cara do mundo, segundo um estudo da plataforma Cupom Livre. O custo médio por kWh no país é de R$ 0,80, enquanto a média mundial é de R$ 0,51. Existem vários fatores que explicam esse preço elevado, entre eles:
- A dependência das hidrelétricas, que representam 65% da matriz elétrica brasileira. Quando há falta de chuvas e os reservatórios ficam baixos, é preciso acionar as termelétricas, que são mais caras e poluentes.
- Os impostos e encargos que incidem sobre a conta de luz, que representam cerca de 50% do valor final. Entre eles estão o ICMS, o PIS/Cofins, a CDE, o ONS e a ANEEL.
- As perdas técnicas e comerciais que ocorrem na transmissão e distribuição da energia, que são repassadas aos consumidores. Essas perdas incluem os furtos de energia (os chamados “gatos”), as falhas nos equipamentos e as fraudes nos medidores.
O que fazer quando a energia vem muito cara?
Se você notar um aumento repentino ou injustificado na sua conta de luz, é preciso verificar se há algum erro na cobrança ou na leitura do medidor.
Para isso, você deve:
- Comparar o consumo registrado na conta com o consumo real do seu imóvel. Você pode fazer isso observando o medidor de energia e anotando os números que aparecem nele. Se houver uma diferença significativa entre os valores, pode haver uma cobrança indevida.
- Verificar se há algum código ou bandeira tarifária não identificados na sua conta. Esses códigos podem indicar algum tipo de multa, juros ou acréscimo que não foi informado previamente. Se houver alguma dúvida sobre esses códigos, consulte a sua distribuidora de energia ou a ANEEL.
- Entrar em contato com a sua distribuidora de energia para reclamar sobre a cobrança e solicitar uma revisão ou um ressarcimento. Você deve anotar o número do protocolo e guardar os comprovantes da sua reclamação.
- Se não obtiver uma solução satisfatória com a distribuidora, recorrer aos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon ou o Juizado Especial Cível. Você deve apresentar os documentos que comprovem o seu direito à revisão ou ao ressarcimento da conta.
Quais são as alternativas para uma energia mais barata?
Uma das melhores formas de evitar uma conta de energia cara é produzir a própria energia. Isso pode ser feito com a instalação de sistemas de energia solar fotovoltaica, que são capazes de reduzir significativamente os gastos com as contas de luz, podendo economizar até 95%.
A energia solar fotovoltaica consiste em captar a luz do sol por meio de painéis solares e convertê-la em eletricidade por meio de um inversor. Essa eletricidade pode ser consumida diretamente no imóvel ou injetada na rede elétrica, gerando créditos que podem ser abatidos nas próximas faturas.
A energia solar fotovoltaica tem várias vantagens, como:
- Ser uma fonte renovável, limpa e sustentável, que não emite poluentes nem contribui para o aquecimento global.
- Ter um custo de produção baixo e estável, que não sofre com as variações climáticas nem com os reajustes tarifários.
- Ter um retorno do investimento rápido e garantido, que pode variar entre 3 e 7 anos, dependendo do consumo e da região.
- Ter uma vida útil longa e uma manutenção simples, que requer apenas uma limpeza periódica dos painéis.
Para instalar um sistema de energia solar fotovoltaica, é preciso contratar uma empresa especializada, que irá fazer um projeto personalizado de acordo com as necessidades e as características do imóvel.
A empresa também irá cuidar de toda a documentação e do processo de homologação junto à distribuidora de energia.