Dicas para Instalar Energia Solar em Condomínios: O Guia Definitivo
A energia solar é uma das fontes de energia mais limpas, renováveis e econômicas do mundo. Ela pode trazer diversos benefícios para o meio ambiente, para a sociedade e para o seu bolso.
Mas como instalar energia solar em condomínios? Quais são os desafios, as vantagens e as dicas para fazer isso de forma eficiente e segura?
Neste artigo, vamos responder a essas e outras perguntas, e mostrar como você pode aproveitar a energia do sol para iluminar e aquecer o seu lar.
Como surgiu a energia solar?
A energia solar é a energia que vem da radiação do sol, que pode ser aproveitada de diferentes formas.
A forma mais antiga e simples de usar a energia solar é através do aquecimento direto, como quando usamos uma lente para concentrar os raios solares e acender uma fogueira.
Outra forma é através do aquecimento indireto, como quando usamos coletores solares para aquecer a água de uma piscina ou de um chuveiro.
Mas a forma mais moderna e sofisticada de usar a energia solar é através da conversão em eletricidade, que pode ser feita de duas maneiras: por meio de células fotovoltaicas ou por meio de usinas termossolares.
As células fotovoltaicas são dispositivos que transformam a luz do sol em corrente elétrica, e são usadas em painéis solares, calculadoras, relógios e outros aparelhos.
As usinas termossolares são instalações que usam espelhos para concentrar os raios solares em um fluido que aquece e gera vapor, que aciona uma turbina e produz eletricidade.
A história da energia solar remonta ao século XIX, quando o físico francês Edmond Becquerel descobriu o efeito fotovoltaico em 1839.
Em 1876, os cientistas ingleses William Grylls Adams e Richard Evans Day observaram que a luz solar podia gerar eletricidade em um material chamado selênio.
Em 1883, o inventor americano Charles Fritts criou a primeira célula solar de selênio, que tinha uma eficiência de apenas 1%.
Em 1954, os engenheiros americanos Gerald Pearson, Calvin Fuller e Daryl Chapin desenvolveram a primeira célula solar de silício, que tinha uma eficiência de 6% e foi usada pela primeira vez em um satélite em 1958.
Desde então, a tecnologia da energia solar evoluiu muito, e hoje existem células solares de diferentes materiais, formas e tamanhos, que podem alcançar eficiências de até 46%.
Por que instalar energia solar em condomínios?
Instalar energia solar em condomínios pode trazer vários benefícios, tanto para os moradores quanto para os gestores. Veja alguns deles:
- Economia na conta de luz: ao gerar a sua própria energia, você pode reduzir ou até eliminar o consumo da rede elétrica, e ainda vender o excedente para a distribuidora, recebendo créditos que podem ser usados em até cinco anos.
- Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a economia na conta de luz pode chegar a 95%.
- Valorização do imóvel: ao instalar energia solar em condomínios, você está agregando valor ao seu patrimônio, pois está tornando-o mais sustentável, moderno e atrativo para os compradores.
- Segundo um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, os imóveis com energia solar podem se valorizar em até 17%.
- Proteção contra a inflação energética: ao instalar energia solar em condomínios, você está se protegendo das variações e dos aumentos no preço da energia elétrica, que podem ser causados por fatores como a escassez de chuvas, a demanda crescente, os impostos e as bandeiras tarifárias.
- Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a tarifa média de energia elétrica no Brasil aumentou 151% entre 2012 e 2020, enquanto a inflação oficial foi de 64% no mesmo período.
- Contribuição para o meio ambiente: ao instalar energia solar em condomínios, você está contribuindo para a preservação do meio ambiente, pois está reduzindo a emissão de gases de efeito estufa, que causam o aquecimento global e as mudanças climáticas.
- Segundo a ABSOLAR, a cada megawatt-hora (MWh) de energia solar gerada, são evitadas a emissão de 0,5 tonelada de dióxido de carbono (CO2) e o consumo de 2 mil litros de água.
- Geração de empregos e renda: ao instalar energia solar em condomínios, você está gerando empregos e renda para a economia local, pois está estimulando o mercado de energia solar, que envolve desde a fabricação dos equipamentos até a instalação e a manutenção dos sistemas.
- Segundo a ABSOLAR, a cada megawatt (MW) de energia solar instalado, são criados 30 empregos diretos e indiretos.
Como instalar energia solar em condomínios?
Instalar energia solar em condomínios não é uma tarefa simples, mas também não é impossível. É preciso seguir alguns passos e tomar alguns cuidados, para garantir que o projeto seja bem-sucedido e atenda às expectativas de todos os envolvidos. Veja quais são eles:
- Definir o tipo de sistema: existem dois tipos principais de sistemas de energia solar: o sistema isolado e o sistema conectado à rede. O sistema isolado é aquele que funciona de forma autônoma, sem depender da rede elétrica, e que usa baterias para armazenar a energia excedente.
- Esse tipo de sistema é mais indicado para locais remotos ou com baixa qualidade de energia. O sistema conectado à rede é aquele que funciona de forma integrada com a rede elétrica, e que usa o sistema de compensação de energia, que permite trocar a energia excedente por créditos na conta de luz. Esse tipo de sistema é mais indicado para locais urbanos ou com boa qualidade de energia.
- Fazer o dimensionamento do sistema: o dimensionamento do sistema é o cálculo que determina a potência, a quantidade e o tamanho dos equipamentos necessários para atender à demanda de energia do condomínio.
- Para fazer o dimensionamento, é preciso levar em conta fatores como o consumo médio de energia, a área disponível para a instalação, a incidência solar, a inclinação e a orientação o dimensionamento pode ser feito por um profissional qualificado ou por um software específico.o dos painéis, as perdas e as eficiências dos componentes, e o custo-benefício do investimento.
- Escolher os equipamentos: os equipamentos básicos para um sistema de energia solar são os painéis solares, o inversor, o controlador de carga, as baterias, os cabos, os conectores, os suportes e os dispositivos de proteção.
- Cada equipamento tem suas características, especificações, marcas e preços, que devem ser analisados e comparados antes da escolha. É importante optar por equipamentos de qualidade, que tenham garantia, certificação e assistência técnica no Brasil.
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Contratar uma empresa especializada:
- a instalação de um sistema de energia solar requer conhecimento técnico, experiência e segurança, por isso é recomendável contratar uma empresa especializada, que tenha registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), que ofereça um projeto personalizado, que faça a homologação do sistema junto à distribuidora de energia, que execute a instalação com qualidade e rapidez, que forneça o manual de operação e manutenção, e que preste o serviço de pós-venda e garantia.
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Obter a aprovação dos condôminos:
- a instalação de um sistema de energia solar em condomínios depende da aprovação dos condôminos, que devem ser informados e convencidos dos benefícios e dos custos do projeto.
- Para obter a aprovação, é preciso realizar uma assembleia, que deve contar com a presença de pelo menos dois terços dos condôminos, e que deve aprovar o projeto por maioria simples dos presentes.
- É importante esclarecer as dúvidas, apresentar o orçamento, mostrar os resultados esperados, e definir a forma de rateio dos custos e dos benefícios entre os condôminos.
Quais são as dúvidas mais comuns sobre energia solar em condomínios?
A energia solar em condomínios ainda é uma novidade para muitas pessoas, e pode gerar algumas dúvidas e receios. Veja algumas das perguntas mais frequentes sobre o assunto, e as suas respectivas respostas:
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Qual é o custo de um sistema de energia solar em condomínios?
O custo de um sistema de energia solar em condomínios depende de vários fatores, como o tipo, o tamanho e a qualidade dos equipamentos, a complexidade e a duração da instalação, a localização e a incidência solar do condomínio, e a tarifa e a política de incentivos da distribuidora de energia.
Segundo a ABSOLAR, o custo médio de um sistema de energia solar fotovoltaico conectado à rede no Brasil é de R$ 5,5 mil por quilowatt-pico (kWp), que é a unidade de medida da potência máxima do sistema.
Portanto, um sistema de 10 kWp, que pode atender a um consumo médio de 1.000 kWh por mês, custaria cerca de R$ 55 mil.
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Qual é o retorno do investimento em um sistema de energia solar em condomínios?
O retorno do investimento em um sistema de energia solar em condomínios depende do custo do sistema, da economia na conta de luz, da valorização do imóvel, da inflação energética, dos incentivos fiscais e dos juros de financiamento.
Segundo a ABSOLAR, o retorno médio do investimento em um sistema de energia solar fotovoltaico conectado à rede no Brasil é de 5 a 7 anos, e o tempo de vida útil do sistema é de 25 anos. Portanto, um sistema de 10 kWp, que custasse R$ 55 mil, e que economizasse R$ 800 por mês na conta de luz, teria um retorno de 6,8 anos, e um lucro de R$ 145 mil ao longo de 25 anos.
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Como funciona o sistema de compensação de energia?
O sistema de compensação de energia é o mecanismo que permite que os consumidores que geram a sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis, como a solar, possam trocar a energia excedente por créditos na conta de luz.
Esse sistema é regulamentado pela Resolução Normativa nº 482/2012 da ANEEL, que estabelece as regras e as condições para a microgeração e a minigeração distribuída de energia elétrica no Brasil.
Segundo essa resolução, o consumidor que instala um sistema de energia solar conectado à rede deve solicitar a homologação do sistema junto à distribuidora de energia, que irá instalar um medidor bidirecional, que registra tanto a energia consumida quanto a energia injetada na rede.
A cada mês, a distribuidora irá emitir uma fatura que contém o saldo de energia, que é a diferença entre a energia consumida e a energia injetada.
Se o saldo for positivo, ou seja, se o consumidor injetou mais energia do que consumiu, ele receberá créditos em kWh, que podem ser usados para abater o consumo de energia em até cinco anos, ou em outras unidades consumidoras do mesmo titular, desde que estejam na mesma área de concessão da distribuidora.
Se o saldo for negativo, ou seja, se o consumidor consumiu mais energia do que injetou, ele pagará apenas a diferença de energia, além das taxas e dos impostos.
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Quais são os cuidados e as manutenções necessárias para um sistema de energia solar em condomínios?
Um sistema de energia solar em condomínios requer alguns cuidados e manutenções periódicas, para garantir o seu bom funcionamento e a sua durabilidade. Veja alguns deles:
- Limpeza dos painéis solares: os painéis solares devem ser limpos periodicamente, para remover a poeira, as folhas, os dejetos de pássaros e outras sujeiras que possam prejudicar a captação da luz solar. A frequência da limpeza depende do local e da estação do ano, mas geralmente é recomendada a cada seis meses.
- A limpeza deve ser feita com água e sabão neutro, e com um pano macio ou uma esponja, evitando o uso de produtos abrasivos ou corrosivos. A limpeza deve ser feita preferencialmente pela manhã ou à tarde, quando os painéis estão mais frios, para evitar choques térmicos e rachaduras.
- Verificação dos cabos e dos conectores: os cabos e os conectores devem ser verificados periodicamente, para evitar o risco de curtos-circuitos, incêndios e perdas de energia.
- A verificação deve ser feita por um profissional qualificado, que deve observar se há sinais de corrosão, desgaste, frouxidão, umidade ou danos nos cabos e nos conectores, e se há a necessidade de substituição ou reparo.
- Monitoramento do sistema: o sistema de energia solar deve ser monitorado constantemente, para verificar se está funcionando corretamente, e se está gerando a energia esperada.
- O monitoramento pode ser feito por meio de um aplicativo ou de um portal na internet, que mostra os dados de produção, de consumo e de créditos de energia, e que envia alertas em caso de falhas ou anomalias.
- O monitoramento também pode ser feito por meio de um inversor inteligente, que possui uma interface de comunicação e que permite o acesso remoto ao sistema.
- Manutenção preventiva e corretiva: a manutenção preventiva e corretiva é o conjunto de ações que visam prevenir e corrigir possíveis problemas no sistema de energia solar, como defeitos, quebras, vazamentos, sobrecargas, superaquecimentos, entre outros.
- A manutenção preventiva e corretiva deve ser feita por uma empresa especializada, que deve seguir o manual de operação e manutenção do sistema, e que deve realizar visitas técnicas periódicas, conforme o contrato de serviço.
Conclusão
A energia solar em condomínios é uma ótima opção para quem quer economizar na conta de luz, valorizar o imóvel, proteger o meio ambiente e gerar empregos e renda.
Mas para instalar energia solar em condomínios, é preciso seguir alguns passos e tomar alguns cuidados, como definir o tipo de sistema, fazer o dimensionamento, escolher os equipamentos, contratar uma empresa especializada, obter a aprovação dos condôminos, e cuidar da limpeza, da verificação, do monitoramento e da manutenção do sistema.
Seguindo essas dicas, você poderá aproveitar a energia do sol para iluminar e aquecer o seu lar, e ainda contribuir para um mundo mais sustentável e justo.
Esperamos que este artigo tenha sido útil e esclarecedor para você. Se você gostou, compartilhe com os seus amigos e familiares. Se você tem alguma dúvida, sugestão ou opinião, deixe um comentário abaixo.
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